Os condrictes são também chamados de peixes cartilaginosos (Chondrus = cartilagem; ichthyes = peixes), pois seu esqueleto é basicamente cartilaginoso. Nos adultos, persistem restos de notocorda entre as vértebras.
Os animais do grupo que vivem atualmente mantiveram muitas características dos primeiros, surgidos nos mares de eras passadas. É o caso do tubarão, animal em que ainda hoje persistem as características primitivas.
Os condríctes podem ser classificados em dois grupos: Holocephali e Elasmobranchii ou Selachii
- Elasmobranchii ou Selachii
Tubarão-branco (Carcharodon carcharias) |
Uge-leopardo (Himantura undulata) |
Ao contrário dos Ágnatos e dos Holocéfalos, os Elasmobrânquios (ou Seláquios) possuem nadadeira caudal bem desenvolvida e o corpo recoberto por escamas.
Os elasmobrânquios possuem um rostro na região anterior da cabeça, e a boca fica em posição ventral.
Um dos sentidos muito desenvolvido nos tubarões é o olfato. O odor é percebido por quimiorrecepção das células localizadas nas narinas dos tubarões. As narinas são dois orifícios de fundos cegos. Não se comunicam com a faringe, como ocorre também na maioria dos peixes ósseos. Em alguns osteíctes e em todos os tetrápodes, as narinas comunicam-se com a faringe através das coanas, e participam da respiração. Nos condríctes e na maioria dos osteíctes, as narinas têm apenas a função olfativa.
Outro sentido importante para a orientação dos condríctes é a percepção de vibrações na água, através de mecanorreceptores localizados ao longo da linha lateral. A linha lateral é constituída por uma série de poros e tubos artificiais localizados dos lados do corpo, que se comunica com a água e com células especiais denominadas neuromastos. Estas percebem as vibrações na água e as transmitem a células nervosas. Os peixes ósseos e os ágnatos também possuem linha lateral. A percepção da vibração e o equilíbrio também são dados pelo ouvido, que nesses animais é formado apenas pelo ouvido interno, com canais semicirculares.
A quimiorrecepção e a mecanorrecepçao são mecanismos sensoriais que os condríctes utilizam principalmente para a percepção de presas a grandes distancias. Uma vez próximos da presa, esses animais passam a utilizar-se as visão. Seus olhos enxergam bem na baixa luminosidade.
Com a relação à reprodução, os elasmobrânquios são animais de sexos separados, apresentando dimorfismo sexual. O macho diferencia-se extremamente da fêmea, pois possui o par de nadadeiras pélvicas transformado em um órgão copulador denominado clásper.
A fecundação é sempre interna e o desenvolvimento direto.